terça-feira, 1 de setembro de 2009

Domar a Terra? Boa idea...

Domar a terra

Ele é o rei de toda a terra
No reino das areias
De um tempo, amanhã

Ele governa os vermes de areia e os fremem
Em uma terra entre as estrelas
De uma época, amanhã

Ele está destinado a ser um rei
Ele reina sobre tudo
Em uma terra chamada planeta duna

A água de seu corpo é sua vida
E sem ela você iria morrer
No deserto, o planeta duna

Sem uma roupa de proteção você fritaria
Nas areias tão quentes e secas
Em um mundo chamado arrakis

É uma terra que é rica em tempero
Os cavaleiros da areia e os ratos
Que eles chamam o "muad'dib"

Ele é o kwizatz haderach
Ele nasceu de caladan
E irá tomar o gom jabbar

Ele tem o poder de ver adiante
Ou de ver dentro do passado
Ele é o comandante das estrelas

A hora chegará para ele para reclamar a sua coroa
E então os inimigos, sim, serão eliminados
Você verá, ele será o melhor que já houve
Messias supremo, lider de verdade de homens
E quando a hora do julgamento estiver à mão
Não reclame que ele é forte, e ele suportará
Contra o mal e fogo que se espalha pela terra
Ele tem o poder para fazer tudo terminar.
(Steve Harris)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

POR QUÊ?

Ao final da leitura do poema não se faz necessária discussão alguma.


De um poeta inglês, durante os anos 80, Steve Harris, o pai.


Santificado Seja o Vosso Nome

Estou esperando em minha cela fria
quando o sino começa a tocar
Reflito sobre minha vida passada,
não tenho muito tempo
Pois às 5 em ponto eles me levarão para a forca
As areias do tempo para mim estão acabando

Quando o padre vem ler para mim os ritos finais
Eu dou uma olhada através das grades
para as últimas visões de um mundo
que foi muito errado para mim
Será que pode ter havido algum tipo de erro
Difícil controlar o terror que me vence
Será realmente o fim e não um sonho louco?

Alguém por favor me diga que eu estou sonhando
Não é tão fácil parar de gritar
Mas as palavras me escapam quando eu tento falar
Lágrimas rolam, mas porque estou chorando
Afinal eu não tenho medo de morrer
Não acredito que nunca há um fim?

Enquanto os guardas me conduzem ao pátio
Alguém grita de uma cela "Deus esteja com você"
Se existe um Deus porque ele me deixa morrer?

A medida que ando minha vida passa diante de meus olhos
E quando penso que o fim se aproxima não me arrependo
Guarde minha alma, pois ela está prestes a voar

Escreva minhas palavras, acredite, minha alma ainda vive
Por favor não se preocupe agora que eu fui
Eu fui ao além para ver a verdade
Quando você sabe que seu tempo está contado
talvez então você comece a entender
Que a vida aqui embaixo é apenas uma estranha ilusão

Santificado Seja o Vosso Nome

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O VÍRUS AMEAÇADOR

Há uma ameaça atual na sociedade que está disseminada. Um vírus conhecido por influenza AH1N1, popularmente chamado de Gripe Suína. Sabe-se que este agente não é muito diferente do outro modelo de vírus da gripe comum. Acontece que as condições climáticas desta época do ano contribuem para que a potência viral aumente. Tempo frio faz as pessoas menterem-se em lugares fechados e, assim, contagiam-se uns aos outros mais facilmente. Os idosos e as crianças são mais afetados por não possuirem um sistema imunológico tão eficiente quanto o sistema dos adultos.

Realmente é um vírus que atingiu uma expansão pelo mundo de maneira rápida, mas não é isso que realmente importa para as pessoas hoje, é?

Pessoas estão preocupadas com sua situação financeira, com sua aposta na loteria, com sua roupa de formatura, com sua hora marcada no consultor de modas, com a babá que se atrasou 7 minutos e chegou com a mão cheia de graxa. Preocupadas em ir à loja trocar a jaqueta que veio com a etiqueta não mostrando a porcentagem de poliéster no forro interno e também preocupadas com a porcaria da programação televisiva que entra na sua casa e não tráz nada de importante, agradável e realmente aproveitável. A preocupação humana atualmente se restringe às rotinas de suas atividades mais superficiais. Seria um erro enorme esquecer de relatar aqui a enorme preocupação que os jovens têm de parecer mais sexual e socialmente potentes só porque tomam mais cerveja, assim como nos filmes hollywoodianos, causando sérios acidentes de trânsito porque aceleraram o carro mais arrojado, deixando seu cérebro espalhado no pára-brisa e no painel da futurista carruagem que nem Da Vinci imaginaria um dia existir. É uma pena! Este deixou de ser filho de um pai e mãe para virar número no IBGE, sem contar aqueles que este exímio motorista invalidou ou sacrificou em sua demonstração de acuracidade e domínio automobilísticos.
Esta demonstrada preocupação com o inútil leva as pessoas à superficialidade de suas relações interpessoais. O desleixo, a ignorância, a falta de amor fraternal e a ganância levam também a pessoa a ser corrompida em seus valores de amor próprio, a auto-estima não serve para mais nada. Não há mais sentimento de luta, pensa-se apenas na vitória. Está errado eu dizer isso? Não, não está errado, está simplesmente verdadeiro dizer isso! Triste, mas é.
O ser humano jamais termina sua vida com 100% de acertos. Ele, por natureza, erra, peca. É pensando em erros que se podem diferenciar os humanos uns dos outros. Há os que se redimem dos erros, evitando-os e há os que seguem errando deliberadamente. Seguem enfraquecendo os mais próximos de si. Responde de forma categórica quando lhe perguntam se suas ações foram realmente honestas: "Desculpa, mas eu posso te processar por calúnia." Mais uma vez vê-se que o culpado é protegido por nós mesmos e mais uma vez ele (o culpado) nos vence pelo cansaço.

Concluo já o meu pensamento sobre a mesquinhez atual da sociedade humana na Terra. A doença mais letal está dentro de nós mesmos e isso terminará com o fim das relações humanas.

É pensando nestas divagações que eu termino com o poema Vírus, de um poeta inglês, escrito nos anos 90.

Virus

Existe um vírus maléfico

que está ameaçando a humanidade
Não é o mais avançado,
mas um grave estado da mente
Os traiçoeiros, os que apunhalam por trás,
a elite de duas faces
Um perigo para a sociedade,
uma doença social

A violação da mente é uma desordem social
Os cínicos, a apática ordem dos "homens superiores"

Estamos assistindo o início da decadência social
Regozijando ou ironizando o desleixo de vidas alheias
Falando mal da sua própria alto estima
Atentos a cada palavra que você deverá falar

Sorrisos superficiais, um aperto de mão
Mas logo que você vira de costas,
a traição é planejada

Estamos assistindo o início da decadência social
Regozijando ou ironizando...
o desleixo de vidas alheias

Quando todas as coisas boas são
destinadas à perdição
Através de tanto ciúme e ódio
Através da falta de juízo e mentiras

E quando você pensa que está a salvo
Quando você dá as costas
Você sabe que eles estão afiando
os cortadores de papel

Sem consciência eles destroem
E é uma coisa que eles sentem prazer
Eles são uma doença
que está dentro de nossas mentes

Eles querem afundar o navio e partir
O jeito como eles sorriem para você e para mim
Você sabe que isso acontece o tempo todo

Tudo está em sua mente, tudo está na sua cabeça
Tente relatar isso
Tudo está em sua mente, tudo está na sua cabeça
Tente escapar disso

Os ratos no porão, vocês sabem quem são vocês...
Sabem realmente?

Estamos assistindo o início da decadência social

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A TORRE, O ABISMO E A CARACTERIZAÇÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA

Entre todas as coisas boas e entre todas as coisas más eu escolhi jamais estar entre elas, simplesmente resolvi que todo o tempo alterno entre o santo e o profano, triste e alegre, preto e branco, católico e protestante, rico e pobre. Assim é a existência humana, elástica, dinâmica, tensa, conflituosa, viciosa, degradante, agressiva contra si mesma.

A alma é um abismo que não se atinge o fundo, uma carga de potência no vazio. Ao mesmo tempo ela se infla de matéria que explode como supernova e inquieta o ser humano que a abriga. A mediocridade do homem reside em uma planície inerte em um lugar árido e estéril, sem calor, sem luz, mas sem escuro também. Uma superfície arenosa, incapaz de frutificar, pois não tem cheiro, sabor ou energia para se manifestar ou deixar que algo seja manifestado. Em algumas pessoas essa região é muito extensa, criando, assim, os medíocres e incapazes chamados “tolos”.

A resposta do corpo à tolice é a existência neutra a todas as adversidades que o mundo impõe. Sem doenças, sem planos, sem metas, sem opiniões, sem conteúdo a ser explorado, sem observações interessantes. Esta é a pessoa medíocre.

A facilidade humana de tornar-se suscetível à mudança está na relação direta entre a facilidade de mudança e a área árida da planície desértica que existe na pessoa. Para transitar de uma área mais alta para a mais baixa com mais facilidade, o ponto intermediário deve ser estreito. Sendo ele extenso, torna-se difícil a transição. Por isso, muitas pessoas – as que são tolas – têm mais dificuldade em mudar as coisas na vida.

De um lado da planície desértica há o abismo, do outro há o plano mais elevado, uma torre gigantesca, que pode tocar o céu. Esta torre é firmada sobre um plano mais elevado que é representado por uma enorme montanha. Esta montanha é a manifestação do corpo humano e sua existência no decorrer da eternidade. A montanha, juntamente com a torre em seu cume, recebe todos os transtornos temporais e circunstâncias erosivas do vento, da chuva, do calor, do frio. O material erodido desce pelas encostas do monte e atinge a planície árida da mediocridade humana. A montanha é sensível a abalos sísmicos, condições climáticas e aos transtornos diversos a que uma montanha possa estar sujeita. A torre aí situada sofre-os da mesma forma.

Os sedimentos que atingem a planície média da existência são desmoronamentos e resíduos das ruínas da montanha e da torre elevada. Eles podem eventualmente arrastar-se para o abismo, de forma que, caindo, transforme-se em energia, alimentando a nova expansiva das profundezas.

Mais uma vez, vê-se a importância do obstáculo plano chamado tolice. Se maior for sua área, mais distante será a torre do abismo. De forma que os acontecimentos do elevado não sejam manifestados positivamente pela nova; de forma que esta nova não expulse esta matéria à atmosfera, gerando o conflito necessário aos acontecimentos climáticos e periódicos os quais a existência está disposta a enfrentar.

A atmosfera deste complexo existente é composta de detritos expulsos pela nova e energizados. Sobem até incrível altitude e decantam sobre a torre, a montanha e a planície da ignorância. Não importa o quão alta seja a torre sobre a montanha, se a planície for grande demais – por sua falta de ventos – a energia liberada pelo transtorno da nova não atinge mais uma vez a torre, não completando o ciclo virtuoso.

A planície oferece resistência aos acontecimentos diversos da vida humana. Ser alguém frio, insosso, desagradável, medíocre, ignorante e tolo significa depositar todos os acontecimentos da vida, do corpo e da alma – juntamente com todo o incentivo das adversidades – em uma superfície de nenhuma esperança e força. A personificação da inércia. A não atitude frente aos fatos é o andar sôfrego sobre um vazio sem gosto, sem cheiro e sem desejos. Um prazer neutro que não satisfaz a sensibilidade do ser. É sentar-se em uma pedra e manter os pensamentos voláteis e nada férteis, em um pomar seco e arenoso, com caules carbônicos e mortos, estalando e quebrando os galhos ressecados de um lugar que já poderia ter sido um elevado, mas a aridez avançou e desertificou a produtividade do homem.

Vivendo esta experiência seca o homem não avança e, como andar em um deserto sem água, sem ouvir ninguém chamar e sem horizontes, é preciso reconhecer que não há saída se não escolher um rumo a tomar. Atitudes, quaisquer que sejam, levam o homem à realização de trabalho e desprendimentos de energia. Não importa qual a meta, gastar-se ou renovar-se é melhor do que a mediocridade da não manifestação das idéias. Mudar os rumos, singrar em um mar a todas as velas sempre leva a um porto qualquer ou a uma ilha desconhecida. Mas se o mar parar, o mundo pára.

Não agir é enraizar secos tentáculos fundo numa terra impossível de produzir, embebedar-se de tédio e preguiça, alucinar-se com o vazio. À alma humana o desconhecido é um agradável sublime. A condição perfeita de experiência adquirida de um poeta romântico inglês. A força oculta mantém-se escondida. Aquele que tiver a esperteza e o conhecimento – atitudes – gozará o prazer de atingir o sucesso e descobrir o segredo que é experimentar a provação. Engana-se o idiota que se afama com traçados caminhos já percorridos por outrem. Para este a experiência não passa de um simulacro, invenção mental de um psicótico movido por prazeres e por ausência de produtividade, o homem mecânico que sacode o mundo com falsos ídolos e idéias mal formuladas sobre a política e a economia mundial.

A felicidade espiritual e existencial do ser humano está em mínimos resquícios do decorrer do tempo. A soma de todas as partículas é chamada Existência ou Vida. Vive-se apenas uma vez, sabendo-se que a existência é eterna.

Característica da existência é a imortalidade e a ausência de elementos inibidores da vida. Nada pode combater a sua existência, ao passo que pode existir sim algo que o faça morrer. Esta morte não é o fim da vida, é o fim da permanência no estado humano terreno de ser (ou estar).

Ser humano ou estar humano? Talvez seja melhor deixar que se deixe conhecer sobre esta experiência sem teorias. Deixemos que a caminhada se faça por ela mesma, sem remorsos ou articulações fajutas e especulativas sobre crimes e castigos, líderes e escravos, certezas e adivinhações, magias e cálculos, cruzes e rosas, lágrimas e salivas, prazer e dor. A caminhada continua mesmo após o luto por nosso corpo. Estamos em uma estrada infinita da qual não sairemos. A vida aqui é apenas um detalhe em nós mesmos. Como já disse Blake:

“And all this Vegetable World appeared on my left Foot,

As a bright sandal form’d immortal of precious stones & gold:

I stooped down & bound it on to walk forward thru’ Eternity.”

Esse mundo apareceu no meu pé esquerdo, como uma sandália brilhante feita imortal de pedras preciosas e ouro. Eu baixei-me e peguei-a para continuar andando pela eternidade.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nota de entrada.

Aos visitantes deste blog informo que aqui estão impressões significativas de pontos de vista de Felipe de Camargo Costa. A visão romântica do mundo e seu natural pessimismo são louvadas aqui.
Um espaço perfeito para os que apreciam a visão realista das coisas não como elas são, mas o que elas realmente significam.
Aqui no blog haverá textos com menções a grandes pensadores iluministas e seus posteriores gênios.
Boa leitura e comentem!